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Mostrando postagens de setembro, 2022

Escritores e Pretensos escritores

 A linha que separa escritores de pretensos escritores é muito tênue. Há escritores que nunca foram, e há pretensos que já são, porque a diferença reside na substância do que é escrito, há substância individual, tal como o pão precisa da matéria nutritiva para ser pão, e o vinho precisa vir da uva e ter álcool para ser vinho, tal como da cana de açucar pode vir o melado ou a cachaça, a substância é nítida.  As palavras são a matéria de que o escritor vai utilizar para dar substância às suas ideias, e com elas vai formar o seu pão, com a parte nutritiva que vai alimentar a imaginação de um outro. O escritor escreve por si e para o outro, não existe egoísmo e altruísmo nesta ação, é tudo uma coisa só. A doação é venda, a compra é alienação de bem do outro.  O escritor vai utilizar estas palavras e formar suas ideias e atribuir-lhes substância que alimente o outro, não conforme o pedido do outro, nem muito menos conforme a sua própria, mas conforme o pão que se queira expor ...

Questões comuns na escrita do conto: Dificuldades para escrever contos

  Questões comuns na escrita do conto: Dificuldades para escrever contos Existem muitos motivos pelos quais a escrita de contos se torna desafiadora e um tanto displicente, a começar pelo seu breve tamanho: um conto deve ser breve, e ainda assim conter em si o início, meio e fim de uma narrativa. Não necessariamente deve atender a clichês como o arco do herói ou a descrição minuciosa da psique da personagem, ou um desenvolvimento linear. Mas o conto deve conter em si a sua matéria-prima que é o foco narrativo . Por ser breve, o conto precisa ter um foco narrativo, dificilmente uma narrativa rica em pontos de vista será útil aqui, porque terá de concorrer às poucas linhas disponíveis e, pecar contra isto, faria o texto ser pobre ou prosaico, isto na melhor das hipóteses, porque facilmente, sem o domínio do gênero, o texto sairá mesmo caótico e infantil. Mas o proêmio sobre o conto não é este, de fato, o que há de mais tradicional e vigoroso na literatura brasileira, tirada a poe...

Monda ó tu homem

 Monda ó tu, homem, dedicado às letras pequenas e grandes,  arcaicas ou nobres, pueris e sóbrias, triviais e corriqueiras,  atuais e passageiras, sempre a mercê das ideias sublimes e da exatidão do Logos,  para que sejas digno de levar a alcunha de criador das palavras.  Criador no sentido de cultivador, não obstante possa ser também o pai de algumas delas,  tal como o professor ensina a muitos e de alguns é mestre,  e de mais alguns ainda é progenitor,  mas Pai dize só a Deus e a Cristo que também é Mestre e Criador de Palavras,  porque Ele é o próprio Logos.